quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Trabalhadores de construção de shopping denunciam falta de condições de trabalho

Condição de trabalho inadequada, má alimentação, falta de alojamento, falta de higiene nos banheiros, avaliação médica errada. Essas são algumas das reclamações dos trabalhadores da construção do shopping Bosque dos Ipês, na saída de Cuiabá.

Vladson Silva Pinto, 19 anos, de Sergipe, conta que os alojamentos não têm ventiladores, que os banheiros não têm condições de uso e que a alimentação é de péssima qualidade. “Tudo é ruim, a comida é ruim, o alojamento é ruim”, reclama.

Willian Nunes da Silva, 19 anos, também de Sergipe, reafirma a fala do colega e diz ainda que quando está faltando entre um e dois dias para vencer o período de experiência, os trabalhadores são mandados embora, como se fosse justa causa, para não terem seus direitos garantidos. “Aqui todo mundo ta sendo mal tratado”, aponta.

Jonas Nogueira da Silva, 51 anos, de Sergipe, conta que há um mês tenta ir visitar sua família e não consegue. “Faz quase cinco meses que estou aqui, com três meses, eu teria o direito de ir ver minha família, mas eles não liberaram”.

Segundo Silva eles não quiseram liberar porque ele não ficou o tempo todo no alojamento e só teria o direito se estivesse alojado e não em uma casa de aluguel. Ele explica que teve que alugar uma casa porque não havia local no alojamento e agora não pode ir ver a família porque não estava alojado.

A engenheira de segurança do local, que não quis se identificar e proibiu os funcionários de fazê-lo, negou as acusações. Segundo ela, tudo não se passa de exagero e já está sendo resolvido entre os trabalhadores e a empresa.

Ela disse ao Midiamax que a reportagem não deveria estar ali e que a imprensa “nunca ajuda em nada, só atrapalha”. “Ninguém da imprensa vai resolver os problemas de vocês”, gritava aos funcionários da obra.

A engenheira ameaçou os funcionários que conversavam com o Midiamax e disse que se eles continuassem ali, ela não teria como solucionar os problemas apontados, apesar de haver negado que havia problemas no local.

O engenheiro da empresa Calila, responsável pela obra, Paulo Medina, disse que todas as acusações eram infundadas e que o problema ali era porque eles trocaram a comida, que era buffet, e agora é marmitex. Segundo ele, os funcionários não aprovaram a mudança e esta era a reivindicação.

Ao ser questionado sobre as condições de trabalho, Medina negou que houvesse qualquer tipo de problema, e segundo ele, todos os trabalhadores estão registrados e a empresa segue a legislação.


Sobre os problemas médicos, ele informou que a obra conta com um médico trabalhista, José Coutinho, e que este fica três horas por dia na obra, de segunda a sexta, como rege a legislação.


Ainda, de acordo com Paulo Medina, os casos de acidentes são atendidos ali e não há problemas dessa ordem.

Entretanto, no momento em que ele explicava a situação, um funcionário da obra, Edilson Rodrigues, que aguardava pelo médico, interrompeu a conversa para dizer que se machucou enquanto trabalhava e que o médico o examinou e disse que não era nada, que era para ele voltar ao trabalho.

Posteriormente, ele fez uma ultrassonografia e foi constatado que havia uma lesão no joelho. O médico que fez o exame lhe deu atestado por 14 dias. Já o médico da obra, segundo o trabalhador, não quis aceitar o atestado.

A respeito disso, Paulo Medina, disse que em um universo de quase 400 funcionários “um caso isolado não é nada”. Além disso, falou que não era médico e não poderia fazer essa avaliação, mas que iria verificar o que estava acontecendo.

Outro funcionário, que preferiu não se identificar com medo de represálias, disse que isso é mentira e que vários casos como do Edilson vem acontecendo no local. Ele ainda disse que teme pelos colegas, pois provavelmente serão mandados embora. “Aqui é assim, se reclamar manda embora, se olhar de lado manda embora”, desabafa.

SRTE

A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, por meio da fiscalização do trabalho, recebeu denúncia formal nesta manhã contra as empresas envolvidas na construção do Shopping Bosque dos Ipês.

Segundo a superintendência, agora eles irão verificar as denúncias e dar prosseguimento ao caso. Eles ainda informaram que esta não é a primeira vez que são feitas denúncias contra as empresas envolvidas.

È infelismente empresas continuam fazendo o que bem querem com o trabalhador. Sem as minimas condições de conforto e segurança para exercer o trabalho.

Fonte: Midiamaxnews

Economista diz que Brasil gasta R$ 71 bilhões com acidentes de trabalho

Valor representa cerca de 9% da folha salarial dos trabalhadores

O custo gerado para as empresas com os acidentes de trabalho é "muito pequeno quando comparado ao enorme sofrimento causado ao trabalhador e seus familiares", de acordo com o economista José Pastore, pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, professor da USP (Universidade de São Paulo) e consultor em relações do Trabalho e Recursos Humanos.

Durante o Seminário de Prevenção de Acidentes de Trabalho realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho, nesta quinta-feira (20), ele afirmou que o custo que os acidentes de trabalho geram para as famílias, para o governo e para a sociedade é muito grande, e muitas vezes os números chegam a "surpreender aqueles que não estão acostumados com a sua dimensão".

Pastore disse que o custo total dos acidentes de trabalho é de aproximadamente R$ 71 bilhões, anuais, em uma avaliação "subestimada". Este valor representa cerca de 9% da folha salarial anual dos trabalhadores do setor formal no Brasil, que é da ordem de R$ 800 bilhões.

Para chegar a este número o pesquisador observou que devem ser somados os custos para as empresas e os custos para a sociedade. Para as empresas, dividem-se basicamente em custos segurados e não segurados. O primeiro envolve o valor gasto para se fazer seguro de acidentes de trabalho, e o segundo são aqueles que decorrem do próprio acidente, que causam muitos estragos na "vida" da empresa e que não estão segurados. Para a sociedade, tratam-se dos gastos com Previdência Social, SUS (Sistema Único de Saúde) e custos judiciários.

O professor lembrou que o valor investido em seguros contra acidentes de trabalho no ano de 2009 pelas empresas foi de R$ 8,2 bilhões (custo segurado). Para cada R$ 1 gasto no custo segurado, a empresa tem uma despesa de R$ 4, em média, em custos não segurados, o que perfaz um total de R$ 41 bilhões (8 x 4 + 8 já recolhidos). Somados aos custos da sociedade e aos custos das famílias (R$ 14 bilhões), que muitas vezes têm sua renda diminuída ou interrompida, a proporção aumenta: R$ 6 não segurados para cada R$ 1 segurado.

Pastore lembrou ainda que entre os custos não segurados que afetam a "vida das empresas" estão a perda de tempo causada pelos acidentes, a destruição de equipamentos, a interrupção da produção, a destruição de insumos e materiais e, ainda, despesas com afastamento dos empregados e contratação de nova mão de obra com o devido treinamento, os adicionais de risco, a perda do valor de mercado e a exposição negativa na mídia, atraindo a atenção das Procuradorias do Trabalho e da Justiça do Trabalho.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Polícia investiga morte de trabalhador por falta de equipamento de proteção

A morte de Gilson Belinelo dos Santos, 22 anos, está sendo investigada pela Polícia. Ele morreu depois de passar quatro dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde foi internado após sofrer acidente de trabalho na última segunda-feira, dia 17, quando completava a instalação de calhas em uma empresa na Vila Esmeralda, em Tangará da Serra, no médio-Norte de Mato Grosso. Na hora do acidente, ele não usada equipamentos de proteção, exigidos pelas regras de segurança.

O proprietário da empresa onde Gilson trabalhava, Ademir Balastreli, compareceu ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania acompanhado de outro funcionário, Zaqueu Jonatan, para prestar depoimento à Polícia Civil, que investiga as causas do acidente.

Ademir contou que Gilson era um excelente funcionário. “O rapaz trabalhava comigo tinha uns 18 dias, mas já deu pra perceber que era um bom funcionário, foi mesmo um acidente o que aconteceu”, diz. Já o outro funcionário, que estava com Gilson no telhado no momento do acidente, contou que ambos tomaram a decisão de não usar o Equipamento de Prevenção de Individual (EPI).

“Nós chegamos no local e vimos que o serviço era rápido. Só colocar os parafusos na telha, que a parte de cá a gente já tinha feito (...), e como era rápido nós nem colocamos o EPI nem nada”. Zaqueu conta que Gilson tentava mudar de lado no telhado e caiu depois de pisar em falso.

Um irmão da vítima – que pediu para não ser identificado – disse que os familiares ainda detém pouca informação sobre o que aconteceu e, no momento, ainda estão sem condições emocionais de comentar o caso.

Fonte: 24 Horas News

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sete trabalhadores rurais ficam feridos em acidente com trator em MG

Um trator que transportava trabalhadores rurais tombou e deixou sete pessoas feridas em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais. O acidente aconteceu dentro de uma fazenda. Os trabalhadores estavam em uma carreta que era puxada pelo trator, segundo a Polícia Militar (PM).

No momento do acidente, havia 12 pessoas sendo transportadas. Dos feridos, um segue internado na Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas.

O veículo levava carregamento de adubo, que ficou espalhado na estrada de terra. De acordo com a polícia, o motorista contou que não conseguiu subir um trecho de subida acentuada porque a marcha escapou e o trator voltou. "A estrada é de bastante aclive, o trator escapou a marcha, segundo o tratorista, e voltou de marcha a ré".

De acordo com o Ministério do Trabalho, este tipo de transporte é proibido. Os trabalhadores só poderiam ser levados em ônibus, micro-ônibus, vans ou kombis. A fazenda deve ser periciada e pode ser multada.

A administração da fazenda afirmou que está apurando as causas do acidente e que está prestando assistência aos trabalhadores.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Câmera registra momento da explosão em lanchonete no Rio

Uma câmera de monitoramento da Prefeitura do Rio registrou o momento da explosão ocorrida em uma lanchonete no Centro da capital fluminense. O acidente aconteceu na manhã desta quinta-feira (13) e deixou três mortos e 17 feridos. Até por volta das 14h, sete pessoas tinham recebido alta. No começo da tarde, os bombeiros encerraram as buscas nos escombros.
O relato de funcionários e a vistoria realizada por bombeiros e técnicos da Defesa Civil apontam para a hipótese de que um vazamento de gás tenha causado a explosão. O comandante do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, afirmou que a lanchonete não tinha autorização para utilizar gás combustível e não tinha todos os papéis necessários para seu funcionamento.

Veja a matéria completa e assista ao vídeo filmado por câmeras de segurança no momento da explosão: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/10/camera-registra-momento-da-explosao-em-lanchonete-no-rio.html

Aviso prévio de até 90 dias começa a valer nesta Quinta-feira

Passam a valer a partir desta quinta-feira, 13, as novas regras do aviso prévio. A lei publicada no Diário Oficial da União aumenta de 30 para 90 dias o tempo de concessão do aviso nas demissões sem justa causa.
O projeto, aprovado na Câmara no último dia 21, tramitava no Congresso desde 1989 e foi sancionado sem vetos pela presidenta Dilma Rousseff.
O prazo do aviso aumenta proporcionalmente ao tempo de serviço prestado na mesma empresa. Além do direito aos 30 dias (já previsto em lei), o trabalhador terá direito ao acréscimo de três dias a cada ano de serviço, limitado a 90 dias de aviso prévio.
Em caso de demissão voluntária, o empregado deve trabalhar pelo mesmo período ou ressarcir a empresa pelo tempo devido. Mas a empresa pode optar por liberar o empregado, sem ônus.
De acordo com a Casa Civil, o novo prazo de aviso prévio vale para demissões que ocorrerem a partir desta quinta. Não influencia quem pediu demissão ou foi demitido antes da vigência da nova regra.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Homem tem pernas mutiladas em acidente com colheitadeira


Um rapaz sofreu um grave acidente de trabalho, por volta das 9h desta quarta-feira (5), na zona rural de Floraí (a 50 km de Maringá). Conforme o Corpo de Bombeiros, Cristiano de Oliveira Monteiro, 21 anos, estaria trabalhando em uma máquina agrícola (colheitadeira) quando, ao tentar destravar a plataforma, acabou ficando com a perna enroscada.
Segundo os socorristas do Corpo de Bombeiros, o rapaz teve ferimentos bastante graves. As duas pernas foram mutiladas.

Após os primeiros atendimentos pelos socorristas do Siate, o rapaz foi encaminhado em estado grave para o Hospital Metropolitano.

Monteiro teve a perna direita amputada no centro cirúrgico. Somente nesta quinta-feira (6) os médicos saberão se a perna esquerda poderá ser salva, já que ela também foi muito atingida no acidente.

O rapaz trabalha como diarista na Fazenda Padilha, onde aconteceu o acidente. Segundo testemunhas, ele estava despejando um saco de milho na plataforma de debulhe de uma colheitadeira quando o saco ficou enroscado. Ao tentar evitar que o saco fosse tragado pela máquina, ele possivelmente encostou a perna em um sistema de correntes e foi puxado.

O rapaz poderia ter morrido esmagado se o operador Ronaldo Nicoletti não tivesse conseguido desligar a máquina rapidamente. Mesmo assim, Cristiano ficou com as duas pernas presas e só pode ser socorrido mais de uma hora depois, quando chegou uma equipe de socorristas do Corpo de Bombeiros de Maringá.

Fonte: odiario.com